27.8.06

Imprensa Calhorda

Veja só, neste post do Noblat de agora há pouco, uma explicação para a falta de cerimonia com que a grande imprensa ignora, falseia, distorce, omite...e segue impune.


Ganhando com o que ignora


Os principais jornais de Brasília mandaram repórteres cobrir no último sábado a inauguração do comitê do advogado Eri Varela, candidato do PMDB a deputado federal. O slogan de campanha de Varela é "O advogado de Roriz".
Na ocasião, diante de mais de 500 pessoas, Varela pos para tocar a fita que registrou uma conversa dele com Roriz por telefone. Nela, ele e Roriz desancam o candidato do PFL ao governo, Arruda. A fita tocou três vezes.
Os jornais não publicaram uma mísera linha sobre o episódio.
O que leva jornais, em plena capital da República, a ignorarem um fato político relevante como esse?
Ou não é relevante um ex-governador, em meio a uma campanha, aliado até outro dia de um candidato à sua sucessão, dizer o que Roriz disse sobre Arruda? (Veja
aqui nota publicada abaixo.)
Onde fica o compromisso sempre apregoado por esses jornais de servirem à comunidade onde circulam? Como fica a defesa que eles sempre fazem da liberdade de imprensa?
Essa é a mais vital das liberdades. Porque sem ela as pessoas desconhecem o que ocorre. E por desconhecerem, exercem mal seus direitos de cidadãos.
O que se passa com a imprensa em Brasília se repete com a imprensa da maioria esmagadora dos Estados e ganha dimensões de escândalo principalmente em período eleitoral.

Temos uma imprensa atreladada a poderosos grupos políticos e econômicos e que a eles presta vassalagem em primeiro lugar. São eles que a sustentam - não os leitores.
É por isso que esse tipo de imprensa pode se dar ao luxo de vender tão poucos exemplares.

Ela atrai mais anúncios pelo que deixa de publicar do que pelo que publica.

3 comentários:

Val-André Mutran  disse...

Uma das vergonhas nacionais.
Ou dá ou desce!? É o dilema.
É simples meu caro Juvêncio. O pau vai comer depois disso.
Até porque Roriz chamou de safado seu ex-secretário de Obras, cujo vice, Paulo Otávio, casado com o espólio de JK, a filha de sua filha: promete regularizar o maior problema do DF: Exatamente a nào regularização da ocupação dos Condomínios em Brasília e entorno: negocinho de bilhào de dólares.
Nada que se assemelhe à desfaçatez de candidatos ao executivo Brasil afora: Pará dentro atá o pescoço.

Unknown disse...

O velho e bom Paulo Otávio na roda é?
Sinal de malandragem na área...eheh
Abs

Anônimo disse...

Uma correção ao Noblat: a imprensa no Brasil não está atrelada a poderosos grupos políticos, ela pertence a poderosos grupos políticos, vide O Diário do Pará, as emissoras de rádio e televisão por todo o País. Há exceções, como a ORM, que não é propriamente um grupo político, mas apoia sempre aquele que paga mais, o que dá no mesmo. É isso que precisa acabar, os políticos e grupos religiosos monopolizarem as concessões de telecomunicação e daí fundarem jornais.