20.9.06

O Efeito Freud

Pegou ou não pegou?
Quem responde a pergunta é o cientista político Murillo de Aragão, titular do site da Arko Advice, linkado ao lado. Aragão é articulista do blog do Noblat, e professor da UNb.

3 comentários:

Anônimo disse...

Não pegou. A não ser em espaços como este, onde ficam as pessoas que não precisam trabalhar oito horas, pegar duas horas de condução para e mais duas para voltar do trabalho, dormir antes do jornal da Globo e acordar antes do Bom Dia Brasil, ou seja, a absoluta e esmagadora maioria do povo brasileiro. Esqueçam! Se escândalo de corrupção como do caixa dois da Cerpa, da venda da Celpa, da matança de Sem terra, de desvios de recursos do FAT, da Sudam, da construção de ranário, de uso de diploma falso, de Nova Déli Ambiental, de ser banqueiro da contravenção zoológica, etc etc etc derrubassem políticos, não teríamos horário do TRE no Pará, menos ainda favoritos eleitorais como os que se apresentam na atualidade.

Unknown disse...

Acho que pegou sim,Anonimo, nas condições do artigo.
Como pegaram os escandalos que voce listou acima.
Jader declina, o PSDB já declina há pelo menos seis anos, Dudurudú declina.
Lula declinará.Ainda que no segundo mandato.
O PT declinará já nessas eleições.
E não levantará ou voltará ao que era enquanto não depurar seus quadros, que registram alguns ladrões e tarados.Feito esse grupinho que arnou a Operação Tabajara.
E faça o favor de não mais agredir os leitores deste blog.

Anônimo disse...

Existe sim um viés de dimensionamento dessa crise.
E podemos começar perguntando o porquê da PF intervir, considerando que a princípio não há ilegalidade numa relação de compra de documentos ofertados por seu legítimo proprietário?
Ora, só existe uma única possibilidade de resposta para caracterizar a ilegalidade da relação de compra e venda do dossiê: tratava-se da negociação de uma prova material que fora oculta por Vedoim do inquérito em curso, demonstrando por esse modo a periculosidade do elemento.
Investigados os fatos que substanciassem a hipótese (não era blefe, portanto), revelou-se o imbroglio, logo apelidado maldosamente pela imprensa fiteira de watergate petista, buscando de imediato associar sem qualquer prova a participação de Lula nos fatos, comparando-o ao Presidente Richard Nixon, que, naquele episódio terminou renunciando ao ser provado que ele ordenara a espionagem do comitê de campanha do Partido Democrata, que disputavam com Nixon a reeleição. Pura cafajestice, portanto, de uma imprensa que sobrevive do saprofitismo das pouquidões humanas, como diria um amigo falecido, com história impecável nessa atividade.
Mas não há como negar que, seguindo essa hipótese, a malograda Operação Tabajara cumpriu a finalidade primeira que gloriosamente se propôs: trouxe por via torta os tucanos para o foco das investigações dos sanguessugas.
Contudo, o custo para todos, infelizmente, foi alta. Além dessas demissões e os inevitáveis arranhões políticos ainda não bem conformados, os implicados possivelmente serão indiciados por ocultação de provas de inquérito policial, e não por compra de dossiê.
Do resto pra frente já sabemos, ou é fácil imaginar pela probreza do enredo. Os tucanos decidiram laborar sobre a Operação Tabajara e tirar vantagem política. Com a providencial ajuda de uma imprensa fiteira, juntos passaram a explorar o problema menor da compra dos documentos e ocultar o fato mais grave, que importa esclarecimento para a opinião pública brasileira: a dimensão da corrupção na época do governo FHC e na gestão Serra no Ministério da Saúde.