19.3.07

Plano de Vôo

Foi longe demais o vôo de Ana Julia no jatinho das ORM.
Quem conta é o jornalista Lucio Flavio Pinto, no mais novo artigo que está publicado na edição de sábado do Estado do Tapajós, e no Jornal Pessoal, é claro, nas bancas de Nova Déli.
O Sobrancelhudo não sabe se ri, com a escorregada desnecessária e horrível da governadora, ou se chora, com os cobres que caem nos cofres dos Maioranas.

15 comentários:

Anônimo disse...

Juca, a leitura dos posts de hoje aumenta a nossa vil tristeza, como disse Camões. A única boa notícia é o Blog do Pagão, amigo de fé e de vida, apesar dos anos de distância.

O Governo Ana Julia ainda não disse a que veio e quando manda um recadinho, ele é ruim.

A nota do Lucio é uma demonstração do desencontro que paira na nova administração.

O PT adquiriu vícios de construção e deles não se liberta. Um deles é considerar que sempre quem está no poder é crápula, desonesto, incompetente e que somente quando o PT chega ao Paraíso, os bons são premiados e se fará justiça na terra.

Bem, este não é o sonho ou o desejo apenas dos petistas. É o desejo de qualquer cidadão de bem que o poder sirva para a justiça terrena, porque o céu é para os tocadores de harpa!

Ocorre que o poder tem meandros, corredores, tumbas, e transigir princípios às vezes é inevitável, desde que o objetivo seja correto. A máxima "o fim justifica os meios" também pode ser uma máxima do Bem, mas é preciso deixar claro em nome de que se fez isso. É o que falta aos companheiros. Dizer porque - e até pode haver motivos legais, contratuais, de Estado, ou o escambau de asas - determinando a impossibilidade das mudanças.

Mas, não fazer isso é parte de outro vício da tumra: a arrogãncia do poder, da qual nenhum petista ou terráqueo está isento. Vide o comissãrio Zé Dirceu e sua turba, que acreditavam que depois deles, nem o dilúvio incomodaria.

Manter e aprimorar a corrupção era apenas o direito divino do PT de "aprimorar" práticas condenáveis, pois no caso deles sempre havia um "bom motivo". Era quase a justiça revolucionária!

Deu no que deu. Ou, ainda não deu, haja vista que o Comissário pretende voltar anistiado.

Para evitar que espíritos se abespinhem comigo - eu ando sensível a isso - declaro que sei que o poder sempre foi hipócrita, seja qual for o grupo de plantão.

Mas, é esperado que a nossa expectativa em relação dos governos petistas seja diferente.

Beijão. E, se possível, que a terra nos seja leve!

Anônimo disse...

Mais um blog paraense na praça, Blog do "Seu" Tião: http://seutiao.blogspot.com/
Ahahahahahahaha

Anônimo disse...

Bia,
lógica cartesiana nem sempre faz parte das nossas vidas, mas acredito que o tanto quanto possível é necessário fazê-la valer.
No seu discurso, noto uma incoerência entre termos. Em um primeiro momento, você afirma (com toda a razão) que um dos defeitos de construção do PT "é considerar que sempre quem está no poder é crápula, desonesto, incompetente e que somente quando o PT chega ao Paraíso, os bons são premiados e se fará justiça na terra"; a seguir, para minha profunda decepção, você assevera que "o poder tem meandros, corredores, tumbas, e TRANSIGIR PRINCÍPIOS ÀS VEZES É INEVITÁVEL, desde que o objetivo seja correto" (grifei).
Ou entendi mal, ou você justifica as atitudes do petismo governista da mesma forma que eles fizeram - e particularmente o companheiro-presidente e o Campo Majoritário, do nefasto José Dirceu.
Foi justamente pela lassidão dos princípios, principalmente os morais e éticos, que o PT se transformou nesta máquina eleitoral monstruosa que hoje percebemos cada vez mais poderosa. A esperança do alijamento de lideranças antigas (lideranças "pras suas negas", como se diz em linguagem popular) do tipo Sarney, ACM, Jader Barbalho, dentre outros, sempre foi um dos maiores trunfos do Lula pré-Presidência. E o que aconteceu? Acreditaram que transigir princípios era inevitável; Lula afaga o ACM convalescente (vaso ruim não quebra mesmo...), a mídia acha lindo e nós continuamos a ver a banda passar.
Não estou falando de utopias. É preciso mais que nunca acreditar em mudança. Se não acreditarmos que a mudança radical e dedetizadora destas traças da política nacional é possível, é melhor apagar a luz da cidadania, investir no dane-se e passar a atuar no cada-um-por-si. Dentre outras coisas, inclusive, é melhor acabar com o Quinta Emenda e passarmos a falar só de amenidades ou de como é maravilhoso viver na Europa.

Anônimo disse...

Ops, Juca e Francisco. O anônimo de cima sou eu!

Anônimo disse...

Francisco, essa é minha terceira tentativa de responder a você, agradecendo o puxão de orelhas que me deu.
Como sei que o Juca não censurou meu comentário, acho que eu o perdi, pensando que o enviava.
Vamos lá, de novo.
Relendo o que escrevi, lhe dou razão, pois deixei a péssima impressão de que “o fim justifica os meios” e aí, tudo o que o Comissário Dirceu fez, vale.
Acho que usei mal a palavra princípios e deveria ter falado em intransigências, típicas de quando se é estilingue e confusas quando a gente vira vidraça.
Não há nenhuma ironia nesta frase. Já fui os dois. Transigi quando acreditava que valia o resultado e não consegui faze-lo quando não acreditava que o resultado compensava a quebra da minha coluna vertebral.
Mas, ensebei muitos sapos para que descessem pela garganta. E aprendi que as intransigências da militância nem sempre servem ao exercício do poder.
É preciso deixar de ser anjo. Ou pelo menos, é preciso não ter “pitis” quando a gente vê a nossa imagem no espelho, e percebe que a ponta das asas está quebrada e que não chegaremos ao céu que sonhávamos. Ou que a lista interminável de coisas que não faríamos, de acordos que não aceitaríamos, de aliados que desprezávamos, rediziu-se a meia dúzia de três ou quatro.
Mas não disse no meu comentário, claramente, que não há como transigir princípios que sustentam a espinha dorsal. Para isto não há fim que justifique, porque quando isso ocorre, a gente já perdeu a bússola. E, se não há rumo, não há caminho.
Mas, o puxão de orelhas valeu. Me fez repensar se tudo isto que acabo de escrever, inclusive, faz algum sentido. E acalmou um pouco meu medo de saber que, de uns tempos pra cá, ando querendo escrever verdades absolutas. E que para isso é preciso mais clareza para dizer aquilo que se pensa ser a verdade. E, melhor do que tudo isto, que bom saber que há pessoas decentes e leais como você.
Abração.

Anônimo disse...

8 x 23 disse ...

Não sei porque, no artigo, o jornalista Lúcio Flávio Pinto, embora fale da viagem até MInas Gerais, não comente o motivo. Ou seja, da governadora ter ido festejar a colação do filho. Um asunto pessoal, que não tem nada de interesse para o estado, ao custo de mais de 100 mil reais, pagos com o dinheiro do povo. Tá todo mundo mudo-quieto.

Anônimo disse...

Aliás, porque o Lúcio Flávio Pinto prestou serviços pagos darante anos pra Funtelpa e nunca falou desse tal convênio ?

Anônimo disse...

Hoje ela viajou novamente no jato das ORM.

Anônimo disse...

Juca, pra consertar a confusão de hoje, o meu recado da 1:05 não tem sentido. Eu me referia à postagem que havia feito para o Francisco e que sumiu na rede e que eu não havia assinado! Assim, o anônimo ali de cima, não sou eu! ..rsrsrs...Beijão.

Anônimo disse...

Luluquefala comenta:
No dia que vcs voarem de jatinho, não vão querer outra coisa na vida. É tão bom!
Já pensou ? Você chega no hangar, não entra em fila, o avião é quem espera por você e não vc por ele. Não tem apagão, fila de espera, bota mala tira mala, sala de embarque e de espera, muita espera! Raio X, tira computador, bota computador. Chato alugando o seu ouvido antes do embarque. E o pior, lá dentro do avião, que não deixa vc dormir.
E o melhor de tudo: não tem o menor perigo de pegar o Gerson Peres sentado ao seu lado e ir falando pelos cotovelos de Belém até Brasília e de lá até aqui. Tem castigo pior? Só quem já passou por isso, sabe o inferno que é a sua vizinhança aérea.
Por todos esses motivos, eu quero uma carona no jatinho ao lado da governadora Ana Júlia.
Juro que não peço nada, não falo nada, durmo e não ronco.
E se ela quiser, ainda vou cantando daqui lá aquela musiquinha, meu coração é vermelho... E ainda faço cafuné na madame. Com todo o respeito, é claro.
Só quero uma carona, só isso.

Anônimo disse...

Bia, entendido e anotado seu recado, fica o esclarecimento. Por suas posições anteriores, estranhei o primeiro comentário - por isso falei em decepção, no meu comment.
E muito obrigado pela parte que me toca.
Abração.

Anônimo disse...

Desculpe, Francisco, mas ainda faltava um pedaço, que só hoje pela manhã ficou claro pra mim. E não é justo transformar o Quinta no meu confessionário.
Vá lá, que a auto-crítica é pública.
http://www.travessia.blogs.sapo.pt/

Abraço

Unknown disse...

Bia, o Quinta é um espaço privado de uso público...rs. A casa é sua.

Anônimo disse...

Juca querido, eu sempre me seni em casa, no Quinta, mas andava abusando.

Mas, vou e volto, mesmo quando a minha "emenda" é pior do que o soneto..rsrsrs...
Beijão.

Anônimo disse...

Caro Juvêncio:
O anônimo 8 x 23 estranhou que eu, escrevendo no Jornal Pessoal sobre a viagem da governadora Ana Júlia Carepa no jatinho da ORM Air até Minas Gerais, "não comente o motivo". Estranho eu a observação, porque o motivo está dito no quinto parágrafo da matéria: "... no dia 9, quando Ana Júlia já estava na capital mineira para a festa de formatura do filho, depois de passar por Brasília". Ganharíamos todos se as pessoas analisassem e interpretassem a partir dos textos e não de fabulações. Assim as polêmicas não precisariam ter sempre que recomeçar, em busca de um terreno mais sólido para o exercício da inteligência saudável: os fatos. Por esse mau hábito de leitura, um outro anônimo atribuiu meu alegado silêncio sobre o convênio da Funtelpa com a TV Liberal ao fato de eu ter recebido pagamentos da Fundação de Telecomunicações do Pará. Se, ao invés de presumir (e, nesse caso, a boa fé é predicado), o anônimo fosse apurar os fatos, veria que denuncio a relação desde quando ela era efetivamente contrato e não convênio. Uma das matérias do Jornal Pessoal, de capa, até deixou mal, em 1991, o então secretário de Comunicação Social do segundo governo de Jader Barbalho, fazendo-o deixar o cargo (exatamente quando eu ainda tentava montar o banco de dados sobre a Amazônia nos arquivos da Funtelpa, razão do pagamento, suspenso porque nunca condicionei meu jornalismo a qualquer outra eventual - e sempre efêmera - prestação de serviço). E a ação popular proposta em 1997 contra o já aí "convênio" teve como uma de suas provas matéria - novamente de capa - do JP, a primeira que saiu sobre a nova criatura, criada por esse espúrio compadrio Funtelpa/TV Liberal. Matérias sobre o tema se contam às dezenas no Jornal Pessoal, desde que a publicação surgiu, em 1987. Para quem sabe contar, basta ir à coleção e contar.
Um abraço,
Lúcio Flávio Pinto