22.5.07

ALCOA Contesta MPF e MPE

Da Temple Comunicação, sobre o pedido de cancelamento da licença ambiental da ALCOA em Juruti feito pelos MPF e MPE.


A implantação do empreendimento Alcoa Mina de Juruti possui todas as licenças ambientais necessárias e prossegue normalmente com as medidas socioambientais para assegurar sua inserção positiva na comunidade e no meio ambiente.

Com base em manifestações dos Ministérios Públicos enviadas à imprensa, a Alcoa esclarece que:

1) Não existe revolta em Juruti contra o empreendimento. As manifestações da comunidade feitas durante as audiências realizadas pelos Ministérios Públicos Estadual e Federal são pontuais, restritas à região de Juruti Velho. A Alcoa respeita essas comunidades, está em diálogo permanente com elas e vem desenvolvendo atividades compensatórias nesse sentido, expressas na Agenda Positiva, composta de iniciativas voluntárias e que vão além das exigências legais.

2) A Alcoa rejeita qualquer acusação de haver falseado informações e afirma que nunca se afastou dos debates com a população. À época do licenciamento, foram promovidas 32 reuniões prévias e três audiências públicas, em Belém, Santarém e Juruti – sendo que nesta houve uma participação recorde de mais de seis mil pessoas. Os diálogos sempre foram considerados de extrema importância para esclarecer aspectos do empreendimento, uma postura que se mantém até hoje. A Companhia participou das duas audiências públicas realizadas dias 2 a 3 de maio, mesmo autorizada a falar apenas 40 minutos num total de 16 horas de reuniões. A Companhia recebeu muito bem a sugestão dos próprios Ministérios Públicos para a criação de um conselho comunitário para acompanhar as atividades da empresa que influenciem na comunidade.

3) Não houve contaminação das águas dos igarapés Fifi e Maranhão. A Alcoa esclarece que o transbordamento ocorrido em janeiro de 2007 na área do sistema de tratamento de efluentes da Companhia não se referiu a dejetos, mas, comprovadamente, as águas pluviais e efluentes devidamente tratados. Este foi o teor da afirmação feita pelo Gerente Geral de Desenvolvimento da Alcoa Mina de Juruti, Tiniti Matsumoto Jr, perante uma platéia de 400 pessoas. A afirmação é comprovada por análise solicitada pela Prefeitura de Juruti ao Laboratório de Controle e Qualidade de Água da Prefeitura de Oriximiná. Ainda este mês, a Estação de Tratamento de Efluentes definitiva entra em operação, desativando o sistema temporário gradualmente.

4) A Companhia esclarece que a madeira considerada branca, com menos de 15 centímetros de diâmetro, não tem valor comercial e está sendo enterrada para acelerar o processo de decomposição (ciclagem de nutrientes). A Alcoa trabalha para reduzir o total de supressão vegetal, tendo como meta estar sempre abaixo dos dimensionamentos autorizados. Um exemplo prático mostrado é o caso do porto da mina, onde a Companhia suprimiu apenas metade da área autorizada.
A empresa aguarda até junho próximo definição da Secretaria de Estado de Meio Ambiente para o destino da madeira de uso comercial, que está devidamente estocada. A proposta da Alcoa é que seja criado um fundo para o município aplicar tais recursos na gestão social no município.

A Alcoa permanece à inteira disposição da SECTAM para apresentar toda a documentação que comprova a total conformidade do empreendimento com toda a legislação vigente.

4 comentários:

Anônimo disse...

Eu li nos jornais que o Ministério Público ia pedir o cancelamento na justiça. Pq mudou?
Ou será blefe? Até agora só vejo pirotecnia para aumentar a barganha com a empresa. Caso seja isso, não seria melhor para a imagem do Pará uma negociação séria.
Dr Valmir Ortega o Sr vai deixar o MP mandar nos processos de licenciamento? Caso seja isso mesmo nem precisa do COEMA-13 conselheiros pq se a palavra de um basta.

Anônimo disse...

Aumentar a barganha com a empresa? Ou obrigar a empresa a compensar os estragos decorrentes de sua atividade? A Alcoa tá confundindo obrigação ambiental com caridade e pelo jeito convenceu os conselheiros do Coema disso. E uma tristeza ver gente que deveria estar defendendo a população mais pobre de Juruti atuando em favor da pobrezinha da Alcoa.

Anônimo disse...

As negociações devem ser sérias. A Alcoa não é "pobrezinha", mas também não deve assumir o papel do poder público. Para aumentar as compensações é preciso blefar, contar lorota, usar o povo de Juruti para conquistar os holofotes?

Ademir Braz disse...

Professor, destaquei o seguinte na resposta da Temple:
"A Companhia esclarece que a madeira considerada branca, com menos de 15 centímetros de diâmetro, não tem valor comercial e está sendo enterrada para acelerar o processo de decomposição (ciclagem de nutrientes)."
Mas nem isso, esse resíduo "sem valor comercial", a Alcoa deixa para os pobres do Estado? quantas casas melhores daria para com esse detrito erguer para famílias que vivem debaixo de lonas ou restos coletados no lixo?
Caramba! Cada vez mais falta-nos um Eduardo Galeano para mostrar essas relações esúrias entre o capital sem fronteira e a miséria do terceiro mundo.
Galeano, a propósito, certa vez foi à áfrica (Angola, Moçambique?) visitar os cacauais que produzem a essência dos chocolates suíços e encantou-se com o encantamento dos aborígenes ao provarem uma dessas iguarias divinas. Eles, os trabalhadores nos cacauais, jamais haviam provado um chocolate em suas vidas.
qual a diferença entre a Alcoa e os chocolateiros da Suíça?