18.12.07

Narigudo

Antes de tomar o rumo da Câmara Federal, o deputado Paulo Rocha (PT) dá uma passadinha hoje na Justiça Federal em Brasilia onde responde ação penal por lavagem de dinheiro.
Vai tentar se explicar sobre o mensalão, embora também devesse dizer porque mentiu na primeira vez que foi questionado, ao falar que sua secretária tinha ido em outro lugar quando, na verdade, tinha ido apanhar o pacurú.

8 comentários:

Anônimo disse...

Juntando este post ao outro - a vitória do Berzoini - fico aqui conversando com minhas saias, já que não tenho botões, sobre o histórico desses rapazes, Paulo e Ricardo, ex-dirigentes sindicais.

Sobre Paulo Rocha já ouvi coisas ruins da sua gestão nos gráficos, mas a fonte não era boa. Sobre Berzoini, posso afirmar que foi um bom dirigente sindical, nos bancários de São Paulo.

O que espanta é que a doença infantil do esquerdismo afeta os do norte e os do sul e a ilusão da tomada do Palácio de Inverno os faz achar que estão acima do bem e do mal. Suas práticas rompem todos os compromissos anteriores.

Lembro que os petistas da corrente sindical paulista acusavam o Joaquinzão - Joaquim dos Santos Andrade - de vendilhão da ditadura, eis que chegou ao Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo como interventor, em 1967, se não me engano e ali se perpetuou como dirigente por cerca de 15 ou mais anos. Joaquim morreu pobre. Sua família vive modestamente até hoje.

Na sua longa trajetória no sindicato, defendeu bravamente a sobrevivência e a manutenção do DIEESE, quando o ministro do trabalho Júlio Barata - governo Médici - intentou fechar o departamento, obrigando os sindicatos a se desfiliarem. Como esse era o único recurso financiero que mantinha o DIEESE, ele morreria de inanição.

Joaquim Andrade fez o seguinte: inventou na Federação dos Metalúrgicos de São Paulo, da qual era então presidente um "Departamento Profissional", para o qual os sindicatos que se desfiliavam do DIEESE para não afrontar o Ministro, passavam a contribuir. Esse dinheiro era repassado ao DIEESE na contratação de serviços. Assim fez também o Eros Antonio de Almeida, dos bancários.
Ambos foram permanentemente reputados pelos cutistas como pelegos.

Ufa! Desculpe. A conversa com as saias resultaram numa volta ao túnel do tempo!

Beijão

Anônimo disse...

É, o pobre Pará está bem representado.
Temos um nobre mensaleiro no mal-cheiroso congresso.
Mas certamente os petistas tem explicações, oh se tem.
Eles nunca erram, no máximo, cometem "pequenos equívocos", né não?!

Tudo igual, "sumano", tudo igual.

Anônimo disse...

AK DIZ

Lá vou eu me meter onde não devo.
O Paulo Rocha se meteu nessa do mensalão de otário e sucumbiu - bela palavra - à política ordinária de Lula e Dirceu que transformaram uma prática "comum" em eleições como prática cotidiana da vida "política".
Não acredito que um centavo dessa grana tenha ido parar do bolso do Paulo. Não acredito mesmo.
O Paulo Rocha, o Zé Carlos Lima e o Paulo Roberto ( onde anda ? ) eram os gráficos da Escola Salesiana do Trabalho onde, ainda no início, Paulo Fontelles, Luís Macklouf Carvalho e minha coadjuvância, íamos ainda por estivas, levar o Resistência e o Alternativa pra serem impressos - dois tablóides que nós e muita gente achávamos importantes.
Passavamos a madrugada lá.
Nunca vi ou soube de um deslize do Paulo Rocha.
Só esse agora que foi uma tremenda touca das lições petistas deslumbradas com o poder.
Forrest Gump.
Afonso Klautau

Anônimo disse...

Luluquefala:
Existe mal cheiroso em tudo que é lugar.
Até na grande imprensa tem mal cheiroso.
Tem médico mal cheiroso, tem advogado, tem juiz, tem policial, tem marqueteiro, publicitário e por aí vai. Até padre tem.
Esse é o espelho da nossa sociedade.
Tem gente muito boa, mas tem também gente muito ruim.
Assim como tem comentarista cheiroso pra caramba, tem uns fedorentos que nem gambá.
É a vida, que nem sempre é cheirosa.

Anônimo disse...

Lúcido o comentário do AK.
Endosso suas palavras.
Pena que Paulo, acuado, tenha mentido.
Acho que foi ingenuidade. Poderia ter evitado dar entrevista precipatada. Deu no que deu.
Sei que Paulo ainda deve uma fortuna em cheque especial no BB e mora em apartamento alugado, depois de 4 mandatos de deputado federal.
Uma pena que Paulo tenha se envolvido com os mensaleiros do PT.

Miguel Oliveira

Anônimo disse...

Conheço o Paulo desde os seus quinze anos. Nunca soube de uma falcatrua desse rapaz. Infelizmente se envolveu, por força das circusntâncias, nesse esquema. Ou era ele, ou era outro com o PT, o PSB e outros , outros partidos atolados em dívidas. A Ana Júlia sabe muito bem que parte dessa grana foi para pagar dívidas de campanha do PT, mas não se pronunciou neheum momento a respeito. O costa larga do Paulo foi quem assumiu tudo. Pudera, tinha que ser alguém pra fazer isso. Enquanto isso, essa pra´tica vem desde muito tempo, mesmo antes do PSDB assumir o poder se perpetuando com o PSDB e chegando ao PT. Infelizmente...

Francisco Rocha Junior disse...

Miguel,
Você pode achar que foi ingenuidade do Paulo Rocha falar sobre o mensalão, mas não se pode dizer que um político como ele, com anos de militância profissional, tenha sido ingênuo ao aceitar dinheiro do valerioduto. Francamente: é óbvio que ele sabia o que estava fazendo; e óbvio também que sabia que era crime.
Ademais, chamar de ingênuo um sujeito que admite este crime, quando obteve a confiança de tanta gente que nele votou, é querer passar demais a mão na cabeça do deputado.

Anônimo disse...

Sempre votei no Dep. Paulo Rocha a.m(Antes do Mensalão). d.m Não voto Nunca Mais!