26.2.08

Tem Que Dividir

Não tem nada de estranha a entrevista da governadora Ana Julia sobre o crash ambiental do estado, conforme interpreta a jornalista Míriam Leitão, de O Globo.
Estranho é o país ficar com o bonus e o estado com o ônus. Os recursos destinados ao Pará no programa Territórios de Cidadania, lançado ontem em Brasilia, começam a mostrar isso. Pela primeira vez o Pará fica na dianteira dos recursos de um programa federal.
Mas ainda é pouco. Ana Julia também deve ir prá cima dos estados emisores de contingentes populacionais, co-responsáveis - pela incompetencia de gerar empregos e investimentos em seus próprios limites territoriais - pela desordem demográfica que assola o Pará, embora o governo disponha de instrumentos, no licenciamento ambiental de novos projetos, por exemplo, de contenção de parte deste movimento.

11 comentários:

Anônimo disse...

Essa história de contenção de parte do movimento migratório é novidade pra mim. Está na hora então de se tomar providências. Nada contra a vinda de nossos irmãos pra essas bandas. O que não pode é o Estado ficar com o ônus dessa migração.

Cláudio

Unknown disse...

Juca,
Perguntar não ofende...mas um levantamento rapidinho poderia identificar de que Estados da Federação são os donos das madeireiras que exploram madeira no PA? Na grande maioria os 80% ilegais, diga-se de passagem..
[ ]´s

Unknown disse...

Sua pergunta vai no centro do post, embora boa parte da retirada olegal de madeira tem origem em assentamentos, legais e ilegais, ou gangs cujo integrantes não sao proprietários de serrarias.
Abs, profa.

Anônimo disse...

Os paraenses precisam acabar com esta história de que toda mazela local é de autoria de "estrangeiros", começando por sem-terra, madeireiros e outros. Se quem está postando aí viajar um pouquinho por aí, sair um pouco do seu rincão, vai constatar que há 0paraenses aos montes em Manaus, Macapá e Recife e outros lugares. O Pará não é um Páis que tem que se pedir visto de entrada, o Pará é um estado da federação brasileira, portanto, com divisas e não com fronteiras. Tem mais, a prefeitura de Macapá tem que bancar, diariamanente consultas pra comunidade Chaves e outros municípios marajoaras que carecem de serviços de saúde, mas como são distantes da capital e mais próximo da vizinha Macapá, é lá que os paraenses são atendidos. Nunca vi nenhuma queixa dos macapaenses sobre isto.

Vamos nos informar pra deixarmos de pensar e disseminar a discriminação e o preconceito contra os maranhenses, piauisenses, ou qualquer outros enses que moram aqui e ajudam a gerar a receita deste Estado, que é grandioso e serve de abrigo pra grande parte do Brasil.
Viva o Pará!!!!

Francisco Rocha Junior disse...

Juvêncio,
Ou eu não sei mais interpretar um texto, ou a Míriam Leitão deu uma destorcida "legal" na entrevista da governadora. Não consegui descobrir, mesmo me vestindo da maior má-vontade, de onde a jornalista tirou que Ana Júlia defendeu a permanência da ilegalidade da extração madeireira por razões econômicas.
Abs.

Unknown disse...

Só a VALE diz que nos próximos 3 anos o Pará receberia 1 milhão de migrantes, sobretudo do nordeste.

O Sudeste paraense é o maior exemplo disso: mineiros, nordestinos, gaúchos.. se vê de tudo.. menos, paraenses!

Não estou falando contra os que são de fora, falo sobre o arrocho populacional aqui causado, gerando as tais tensões.

O problema me parece mais federal que local.

Infelizmente, o governo federal só liga pras migrações Nordeste-SP, e não para cá...

Anônimo disse...

Caro Juca:
Não e necessário um levantamento minucioso para identificar de que Estados se origina a leva migratória para o Pará; o Maranhão e o Piaui estão na cabeça.
Gostaria de informar, que no primeiro governo Almir Gabriel, tivemos várias reuniões para discutir fórmulas capazes de parar tal migração. Entretanto, esbarrávamos no preceito constitucional do direito de ir e vir assegurado a todo cidadão. Criar barreiras seria um ato de violência e com certeza vulnarável.Na realidade somente a adoção de políticas públicas voltadas à criação de emprego e alteração da estrutura fundiárias daqueles estados diminuiria o fluxo de pessoas para nosso Estado, o que nunca aconteceu.
Com relação ao desmatamento desordenado a culpa pode ser atribuída à falta de decisão do Estado para enfrentar o problema. O custo das operações de combate poderia ser destinado para dotar a SEMA sw westrura capaz de agilizar a aprovação dos plenos de manejo e implementação de equipes de fiscalização. Enquanto isto não acontecer, veremos todos os anos a repetição das manchetes sensacionalistas expondo o nome do Pará ´execração pública nacional e internacional.Regularizar a possibilidade da exploração racional de nossas florestas é a forma adequada para solucionar o problema; E pensar que a matéria é discutida desde a é poca de criação da extinta SPEVEA. O trabalho apresentado pela Dra. Clara Pandolfo, já contemplava a hipótese da exploração racional. Entretanto, nunca foi posto em prática, apesar de ser um trabalho que sobreviveu ao tempo. Continua atual. Deveria ser lido a aproveitado pelos atuais gestores do Estado.
Abraços do Ronaldo Barata

Francisco Rocha Junior disse...

Errata do meu comment: "distorcida", e não "destorcida".

Anônimo disse...

O Pará é, hoje, o segundo ou o terceiro maior pólo de atração de correntes migratórias do país.

Nossa capital chegou a registrar taxa de crescimento populacional equivalente a mais do dobro da taxa média brasileira.

Um crescimento desse tipo arrebenta com a infraestrutura urbana, a rede de prestação de serviços públicos e tudo o mais. Principalmente tendo-se em conta que a maior parte dos migrantes é formada por desempregados, com baixíssimo nível de escolarização e qualificação profissional.

Não se trata de impedir o ingresso desses brasileiros no território paraense.

Mas bem que o Pará merece uma compensação por isso. Uma compensação que deveria ser proporcionada pelo governo federal, via transferências voluntárias para aplicação em programas habitacionais, de saneamento e infraestrutura urbana, de geração de emprego, etc.

Não tem sentido pretender que o Pará assuma, sozinho, o custo da solução dos problemas econômico-sociais de outros Estados.

Nada contra que se use o Pará para esse fim. Mas, também, que se proporcione ao Pará os meios para isso.

Afinal, quem dá a missão deve dar os meios...

Anônimo disse...

interessante como os que se dizem "paraenses" - alguns chegaram outro dia do ceará, de pernanbuco, basta ver os sobrenomes - que ainda pensam que o restante do estado é seu quintal da casa. Ledo - e porque não? ivo -engano. Dormiram em berço esplêndido, dormiram mesmo l-i-t-e-r-a-l-m-e-n-t-e, como é de seu costume e agora qualquer coisinha que acontece lá vem papo furado de que os de fora é que são os culpados. Que fácil colocar a culpa nuns pobres-coitados atrás do que comer e sobreviver, ou nos sulistas que chegaram para trabalhar e muito, no sul e sudeste do Pará. Os "paraenses" têm que fazer uma pequena auto-crítica e descobrir que não são donos de p... nenhuma, há muito que perderam suas terras e seus rios para o INCRA, para a ELETRONORTE, para o DANIEL LUWDIG, e agora, ultimamente para os japoneses e para a VALE. Acorda paroara e vê se manda essa elitizinha trabalhar ao invés de ficar emgordando com o suro do povo!
caboclo tocantino

Anônimo disse...

As invasões que ocorrem em Salinas e Mosqueiro são na maioria de pessoas vindas do Maranhão e Piauí. Os camelôs idem. Quando Roseana Sarney era governadora ela enchia ônibus de desempregados e mandava pra ca.