20.2.09

Reflorestar é Preciso

Na Folha online, do correspondente em Nova Déli, João Carlos Magalhães.

A mineradora Vale e a Geoexplore Consultoria e Serviços foram condenadas pela Justiça Federal em Marabá (PA) a criar uma reserva florestal privada no sul do Pará depois de a atuação das duas empresas causar um incêndio que destruiu 580 hectares da Floresta Nacional de Carajás em 2003, segundo a sentença.
A reserva deverá ser feita sobre um local que já teve sua mata original destruída e deve cobrir ao menos 290 hectares, segundo o juiz Carlos Henrique Haddad.
A ação civil pública foi proposta pelo Ministério Público Federal, que pediu a reparação do dano causado pela mineradora e pela consultoria, contratada pela Vale para fazer prospecção mineral.
Segundo os autos, o fogo se iniciou depois que um funcionário da Geoexplore jogou a bituca acesa de um cigarro sobre uma vegetação que estava seca. O fogo só foi controlado pela chuva na região.
"Nenhuma prova pericial conseguiria reproduzir como os fatos desenvolveram-se, pela falta de vestígios do ato ilícito", diz Haddad, na decisão. "Entretanto, não se produziu prova [...] que pudesse desvincular a origem do incêndio dos resíduos de cigarro."
Por meio de nota, a Vale diz que irá recorrer da decisão. A mineradora elenca, entre outros argumentos, "que não pode ser responsabilizada pelo fato de um funcionário da Geoexplore, fora de sua função e do horário de trabalho, ter, supostamente, atirado guimba de cigarro na mata."
A reportagem não localizou nenhum representante da Geoexplore no final da tarde de ontem.

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